domingo, 21 de setembro de 2008

TRAJES TRADICIONAIS

Trajes tradicionaisOs trajes tradicionais usados aqui acusam a influência do denominado Traje da Beira.

Rancho Folclórico "Os Camponeses de Sandiães"
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Informação Relacionada: Grupo Cultural e Recreativo “Os Camponeses de Sandiães”
Traje feminino de festa-domingueiro
Saia de arméu, rodada, com fita de veludo; casaca; blusa com bordados; chaéu de plumas, chinelas
Traje masculino de festa- domingueiro
Calça de fazenda; camisa de linho ou estopo com peitilho de riscado; colete também em fazenda ou casaca; chapéu de aba de fita e tamancos ou botas
Traje feminino de trabalho-semanal
Saia de burel ou riscado, apertada por uma cinta; blusa de chita, brochada até acima; avental; chapéu de varina/lenço; tamancos
Traje masculino de trabalho
Calças de burel castanho ou preto; camisa de cotim ou estopa; colete de burel também castanho ou preto; chapéu; tamancos.
A situação geográfica do país, a existência de duas grandes áreas de características opostas, a litoral e a serrana, que desencadeiam uma diferenciação de usos, costumes, modos de pensar e de sentir, tendencialmente determinados pelas características ambientais, parecendo também poder concluir-se da fundamental relação do homem português com a natureza.A forte componente religiosa da cultura portuguesa determina não tanto as formas da indumentária mas as ocasiões e as situações do seu uso.
Quanto ao traje popular português, as formas e as cores do traje popular português ajustam-se com uma evidência muito marcante à situação geográfica. A orla marítima veste-se de cores garridas do Minho ao Algarve. Exprime sentimentos positivos de alegria, de prazer, de desejo de viver e do sentido da festa. (...) A indumentária coaduna-se com os traços da personalidade, reveladores de um espírito aberto, habituado ao mar e consequentemente a horizontes infinitos.Na faixa territorial interna, a visualidade exprime a austeridade e a severidade dos costumes que vão de par com a dureza da vida e do trabalho e com o próprio clima, mais rigoroso e gélido. Das terras de Miranda ao Alentejo, o castanho abunda como base do vestuário exterior, tanto feminino e masculino. A lã é tratada sem corantes na sua cor natural, que é também a cor da terra. A proporção entre os elementos fundamentais da indumentária e os seus correspondentes decorativos é de pequena dimensão, não existindo profusão de policromia na roupa dos habitantes das zonas montanhosas.
O traje popular era feito segundo uma lógica autárcica, feito essencialmente com os recursos naturais locais - o linho e a lã - .Para se vestir o povo utilizava, antes de mais, as matérias primas que o rodeavam. Uma ou outra vez, para momentos especiais, recorria aos panos de feira, mais finos e apreciados. Por este motivo. Nestas terras tradicionalmente toda a gente cultivava o linho e aproveitava a lã das suas ovelhas. O linho era a fibra donde se fazia a maior parte das peças do vestuário feminino - blusas, corpetes, camisas, combinações, saiotes, coletes, saias, aventais, bem como as camisas dos homens, as ceroulas, as calças do tempo quente.
Da lã fabricavam as capuchas, as capas, as saias, os aventais, as meias, as calças, os coletes. O burel era usado em algumas destas peças, pois tinha consistência e durabilidade, era o caso da capucha que havia de durar uma vida inteira. A capucha...
Como já se referiu para além dos tecidos de fabrico caseiro - o linho, a estopa, os tomentos, o burel, o povo também recorria ao pano de feira, de fabrico industrial, sobretudo para momentos ou circunstâncias especiais. Na feira encontrava a mulher tudo o que precisava para o fato de casamento, para o traje de ver a Deus ou para ir à feira, à festa ou à romaria.
Para o casamento, a mulher fazia o seu fato de tecido fino, de armur, preto usado depois disso somente em ocasiões especiais.
Para ir á festa ou romaria e para o domingo, as preocupações redobravam; tanto nas cores como na qualidade dos tecidos, como nos complementos: as arrecadas, os cordões, as voltas, as moedas pendentes; os lenços de seda, os aventais bordados, o xaile de merino, as blusas com entremeios, rendas ou laços; as saias de armur, as chinelas de verniz.
Para os homens a camisa de linho, as calças de estopa, de burel ou de cotim. Fato preto para o casamento e as grandes festas. Nos pés, os tamancos e socos ou as chancas, sendo muito raro o uso das botas. Na cabeça o chapéu braguês de copa redonda e alta.
A saia é soerguida nas ancas, cingida pela cinta negra, fortemente apertada com muitas voltas.
Os trajes apresentam cambiantes que se adequam ao fim a que se destinam, o trabalho era executado com uma saia mais grossa e se destinar a ser usado em ocasiões de festa, é diferente.

Informação Relacionada: Grupo Cultural e Recreativo “Os Camponeses de Sandiães”
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